terça-feira, 18 de maio de 2010
Alice no País das Maravilhas
Espetáculo Visual
Alice no País das Maravilhas é um belo exercício de fantasia visual, que deve ser visto em terceira dimensão- 3D. Melhor ainda se for numa Sala Imax, somente encontrável em duas capitais: Curitiba ou em São Paulo, no Espaço Unibanco Pompeia, embora com o salgado preço único da bilheteria para todos os dias da semana de R$34,00, na capital paulista.
A direção de Tim Burton já qualifica e induz o espectador a ver com alegria esta fábula infantil, tendo os ótimos desempenhos de Johnny Depp como o Chapeleiro Maluco, Helena Bonham Carter como a Rainha Vermelha, Anne Hathaway como a Rainha Branca, Crispin Glover na pele do Valete de Copas, e a surpreendente Mia Wasikowska no papel principal de Alice, realizando um trabalho magistral.
O longa é baseado no livro de Lewis Carroll e narra a saga da jovem Alice de 17 anos que ao fugir de um casamento arranjado pelos pais, tendo como pretendente um noivo de família tradicional da aristocracia inglesa, tenta fugir do infortúnio, seguindo um apressado coelho branco que observa o relógio metodicamente, cai dentro de um buraco aberto numa raiz de uma árvore podre, estatelando-se dentro de um buraco profundo que irá dar num mundo subterrâneo e imaginário de maravilhas e dissabores, onde já estivera há 10 anos, mas nada lembra.
Alice conhece o Chapeleiro Maluco que muda seus sentimentos para com a vida, tem a ajuda do gato, do cachorro Bayard, dos dois meninos gordinhos, do coelho, do monstro; enfim de outros tantos animais que a ajudam são solidários nesta batalha épica contra a ira da poderosa Rainha Vermelha que está guerreando pelo poder contra sua irmã, a Rainha Branca.
A cena do monstro horroroso com Alice na jaula, quando esta tenta furtar a chave que lhe dará a espada mágica, nos remete para outra delirante magia do amor como do filme A Bela e a Fera (1991), produzido pelo Estúdio Walt Disney, baseado no conto clássico infantil francês dos Irmãos Grimm, com poderes mágicos de ilusão de ótica e entretenimento para a garotada e os mais crescidinhos.
A magia de assistir com interesse subliminar Alice no País das Maravilhas está justamente no extraordinário visual e a aproximação da tela junto ao espectador, registrando quase que um choque com os atores, fruto da tecnologia avançada hoje encontrada com singular propriedade nas salas Imax, embora possa ser percebido com quase mesmo efeito da magnitude sísmica em 3D, como se fosse captada da energia de um brilho de uma estrela da constelação. Deve ser usado sempre os óculos que darão o efeito perceptível imaginário e notável de um cinema moderno e atual.
Evidentemente que o enredo e o roteito têm quase que uma análise secundária, embora indispensável o questionamento, mesmo quando se trata de um inovação cinematográfica, assim como já foi bem discutida com boa aceitação no ficção científica Avatar (2009), de James Cameron, longa que traz bastante similitude com Alice no País das Maravilhas, pois também se percorre pelas florestas de Pandora, liderando desta feita os soldados com uma tecnologia que permite que seus pensamento sejam aplicados no corpo do Avatar.
A fábula mágica infantil de Burton encanta pelo visual e pela inigualável fotografia, com um colorido que se entranha e faz os sentidos do espectador chegarem ao êxtase imaginário da estética plástica abundante que se desenrola pela tela e nos efeitos visuais com características de interação com a plateia.
Não é um filme voltado exclusivamente para o público infantil, mas para ser apreciado também pelos pequeninos, bem como pelos adultos de todas as idades e classes sociais. O encantamento não tem limites nas pessoas e os efeitos causam uma terapia na alma inimaginável, pois se volta a ser criança com um saco de pipoca doce numa mão e um copo de refrigerante na outra, com direito a fotografias antes da sessão. Isso é felicidade e prazer numa sala de cinema, através de uma viagem ao gostoso mundo daqueles que são inocentes e se preparam para ingressar, mais adiante, no perverso universo da competitividade e da hipocrisia, por vezes da corrupção.
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