segunda-feira, 11 de maio de 2009

Eu Odeio o Dia dos Namorados

















Ódio da Mesmice

Quando atuou no filme Casamento Grego, a carismática atriz grega Nia Vardalos, demonstrara toda sua verve artística para filmes cômicos. Embora não seja uma mulher bonita, tem traços marcantes e dá seu recado com muita imaginação, atingindo seu público alvo de forma satisfatória. Foi peça fundamental naquela comédia de costumes.

Ao dirigir e atuar como personagem principal nesta produção norte-americana, o filme Eu Odeio O Dia Dos Namorados afunda, e até mesmo suas qualidades de boa atriz ficam seriamente abaladas estruturalmente, por esta comédia romântica medíocre e inconsequente, da mesmice americana com fundamentos na babaquice do final previsível, em que duas pessoas por obra do destino se afastam durante boa parte do filme para se encontrarem de forma inabalável e inseparável no clássico happy end.

O filme gira em torno de Genevieve, proprietária de uma floricultura, que adora o dia dos namorados para vender suas flores, embora em seu íntimo o deteste, tendo em vista suas feridas abertas por relacionamentos desfeitos, por isso não tem mais de cinco encontros com homens. Seus romances anteriores deixaram profundas marcas do passado, fazendo com que crie regras específicas com todos os possíveis pretendentes, até que aparece Greg, um comerciante de vinhos sedutor e paspalho que a faz esquecer as normas próprias e absurdas criadas para se relacionar com o sexo oposto.

Mesmo que seu coração nunca tenha pulsado tão forte para se apaixonar, sente algo diferente neste encontro casual, mas tenta avidamente ensinar suas artimanhas para o galã que a pretende, fazendo um jogo infantil e brincando de amor, tentando evitar um relacionamento duradouro, embora se fixe na transitoriedade afetiva de seus casos distantes, mas sem mínima profundidade.

Nos primeiros 15 minutos das cenas passadas na tela, já se pode imaginar, sem nenhum esforço ou queima de neurônios, o desenrolar e o final desta péssima comédia romanesca, mal produzida e dirigida equivocadamente pela grega Nia Vardalos.

Espera-se para que logo a boa atriz retome seu caminho de protagonista e afaste-se da direção, pois ali não é seu lugar, podendo acarretar na derrocada precoce de um talento atuando, mas não dirigindo filmecos como esta produção tipicamente americana.

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